Yes – Close To The Edge (1972)

Origem: Inglaterra
Gênero: Rock Progressivo
Gravadora: Atlantic

Quinto álbum de estúdio do Yes, Close To The Edge foi o disco posterior ao Fragile, que fez relativo sucesso comercial, a banda composta por Jon Anderson (vocais principais), Steve Howe (guitarra e vocais de apoio), Chris Squire (baixo e vocais de apoio), Rick Wakeman (teclado) e Bill Bruford (bateria e percussão) tinham a difícil missão de superar o que foi feito em 1971, além de, obviamente, conseguir dinheiro para poder pagar os instrumentos, contas, etc. E meus caros leitos, este quinteto, um dos mais importantes da história do Rock conseguiram em Close To The Edge, que possui quase 38 minutos de duração. Este LP é considerado um dos melhores da história e não é por menos. Temos coisas mágicas e inacreditáveis nos esperando neste LP, que sim, merece ser ouvido com devida atenção.

É com a faixa-título que o disco começa. Tendo apenas 3 faixas, “Close To The Edge” tem quase 19 minutos de duração e passagens que alguns momentos chegam a ser psicodélicas e enlouquecedoras, outras suaves e lindas, e ainda mais com a voz de Jon, que deixa tudo mais mágico. Com uma introdução de deixar qualquer um louco, a música se desenvolve, e diferente do som que King Crimson e Genesis faziam, o Yes tinha uma alegria a mais em sua música (ou se preferirem, um uso de maconha a mais nas composições) e é que acontece com a canção, que é divida em 4 segmentos. O primeiro é “The Solid Time Of Change”, que é a introdução maluca da faixa que transfere para um som que chega a familiarizar facilmente com o Folk, mas tendo aquela pegada do Rock. “Total Mass Retain” continua com o mesmo tema da segunda parte de “The Solid Time Of Change”, mas algumas diferenças pequenas, que após seu fim, somos introduzidos a “I Get Up I Get Down”, que é conduzida pelo teclado do virtuoso Rick Wakeman e pelas vozes de Jon, Chris e Steve, até sermos interrompidos por um ensurdecedor solo de órgão de Rick, que provavelmente foi feito no teclado, e este mesmo solo se repete novamente a seguir, mas com algumas diferenças. Após ele, Rick faz suas “travessuras” e então somos levados ao final da canção com o quarto e último andamento, “Seasons Of Man”, um final espetacular, encerrando o primeiro lado do LP magnificamente, terminando uma viagem longa, porém recompensadora.

Então o segundo LP começa com “And You And I”, faixa de 10 minutos aproximadamente, inicia acústica e possui quatro andamentos, igualmente a faixa-título, só que além de ser mais curta, ela é a balada do álbum. O primeiro andamento é “Cord Of Life”, introduzindo a música com um violão, o teclado viajante de Rick, um baixo e o bumbo e as vezes pratos da bateria, que evolui e se torna um Rock interessante, que leva a “Eclipse”, segundo segmento da canção que soa extremamente épico e ótimo para dormir, mas não é porque é chato, mas é porque é acalmante e linda. “The Preacher, The Teacher” volta ao tema mais acústico da faixa, com algumas variações, até o baixo e companhia nos encontrar e com algumas passagens que reprisam “Eclipse”, somos levados para o fim da faixa com “Apocalypse”, o mais curto segmento, com 40 segundos, encerrando como a faixa iniciou. Outra ótima canção. “Siberian Khatru” é a terceira canção e também a última, com quase 9 minutos de duração, não tem andamentos como as outras duas antecessores tem. Ela começa animada com riffs empolgantes e a mais “padronizada”, digamos assim, do álbum. Não que seja ruim, mas isso é no sentido de ser a canção com mais consistência (mas isso não quer dizer que “Close To The Edge” e “And You And I” não tenham), mas mostrando todas as loucuras desse quinteto. O seu refrão empolga e com esta faixa que encerramos este magnífico LP, com muito momentos interessantes e bonitos, que merecem serem guardados em nossa consciência.

Em resumo, Close To The Edge é um disco que merece ser aclamado como obra-prima dignamente e é uma grande influência para o Rock Progressivo. Mesmo que as letras sejam grandes maluquices, com temas como sonho e espiritismo, elas são ótimas e infelizmente soam aquilo que o Punk Rock lutou contra (e venceu): o elitismo que Rock Progressivo possuía e ainda possui, o que é uma pena. Seria muito mais interessante termos bandas com influências mais visíveis do Rock Progressivo do que aquele simples Rock de três acordes que aparentemente qualquer um pode fazer. Rock Progressivo, apesar do endeusamento em seus músicos, era (e ainda continua sendo) um gênero riquíssimo e que traria muitas influências positivas a futuros músicos, que faria com eles se esforçassem mais para criar aquilo que os seus ídolos criaram, pelo menos é o que eu acho. Bem, se você quer ricas informações, confira logo abaixo as 3 faixas de Close To The Edge, quinto álbum do Yes, e desfrute de ideias que podem ser consideradas geniais.

1 – Close To The Edge

2 – And You And I

3 – Siberian Khatru

Um pensamento sobre “Yes – Close To The Edge (1972)

  1. Muitos fãs do Yes consideram “Close to the Edge” como o melhor disco deles, eu discordo totalmente deles. O melhor pra mim é “Tales from Topographic Oceans” (1973), um disco duplo com apenas 4 músicas, todas com mais de 20 minutos de duração cada e que ocupam os 4 lados inteiros dos vinis. Simplesmente maravilhoso e altamente recomendado á todos os amantes da boa música.

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