Three Days Grace – Life Starts Now (2009)

Origem: Canadá
Gêneros: Metal Alternativo, Pós-Grunge, Hard Rock
Gravadoras: Jive, RCA

Em 2009, é lançado o terceiro disco da banda canadense Nickelback… Digo, Three Days Grace. Se você não entendeu o motivo de eu chamar a banda composta por Adam Gontier (vocalista e guitarrista secundário), Neil Sanderson (baterista e vocais de apoio), Brad Walst (baixista) e Barry Stock (guitarrista principal) de Nickelback, banda de Chad Kroeger, é que além das duas bandas serem do Canadá, são executadas em excesso nas rádios americanas e odiadas, muito odiadas (equivalente a nossa Fresno e NxZero, ou seja, ame ou odeie). Pelo menos o vocalista do Three Days Grace é mais versátil e bom, mas chega de comparações que não levaram a nada.

Life Starts Now é o terceiro disco da banda, sucedendo o sucesso comercial de One-X, que tinha hits como a melosa “Pain” e com sua letra parcialmente “profunda” e parcialmente tosca (e ruim), “Riot”, “Never Too Late” e “Animal I Have Become”. Esse último disco do grupo tem seus hits sim, sendo eles também quatro (quatro músicas com sucesso comercial começou graças ao Creed e sua malditas letras choronas e inofensivas). Todas as músicas neste álbum são fracas e pobres no quesito letra, então vamos ignora-las e irmos somente a parte que todo mundo que não entende Inglês gosta (ou ama): a música mais a voz do cantor.

O disco começa com força, com riffs pesados e até tensa se assim posso dizer. “Bitter Taste”, provavelmente a segunda faixa mais pauleira, abre o disco da maneira certa para uma banda de Metal e errada para um disco comercial, o que é perfeito para a banda financeiramente. Tendo esses dois lados, um não comercial e outro comercial, a banda pode ter o dobro de fãs… Se bem que até para o Metal está comercial esse disco. Bob Rock aprova! Sobre a música, é notável que o grupo é bom, fazendo uma letra que não é boa soar até “épica”. Ótimo começo! O disco prossegue com “Break”, o primeiro single do álbum. Faixa animada e divertida, porém boba. Em seguinte temos outros singles, como a tenebrosa e igualmente melosa “World So Cold” (apesar de ser boa), a totalmente inesquecível, chata e dona de uma péssima introdução “Lost In You” e a faixa mais ridícula do álbum, cheia de regozijo, “The Good Life”, com uma voz robótica que não sei como acharam que seria legal por ela após o refrão, sendo também a faixa mais curta do disco, com 2:53 de duração. Outra faixa que poderia fazer parte dessa seção radiofônica é a irritante e com uma intro parecida com “Lost In You”, essa canção é “No More”, que pelo menos no refrão não é chata, diferente da música comparada.

Agora é a hora de lágrimas descerem de suas pupilas. Com uma introdução de piano típica de uma banda de Hard Rock e que com tempo vem um violão brega e mais tarde uma distorção de guitarra, “Last To Know” tenta soar depressiva e melosa, mas consegue soar irritante e equivalente a “Untitled” do Simple Plan, ou seja, boa coisa com certeza não é! Outra faixa para a seção radiofônica. “Someone Who Cares” é próxima e parece que aqui está menos radiofônico, apesar de uma introdução muito feia, especialmente nas linhas bateria. É a canção mais longa, com 4:52. “Bully”, junto com “Bitter Taste”, são as porradas do disco. Introduzida com sons de crianças agitando uma briga (E que antes da música começar, uma velha fala uma frase em apoio a briga! Que feio Three Days Grace! E eu achando vocês inofensivos…). A música com seus riffs de guitarra “badass”, e pode ser considerada juntamente com “Bitter Taste” as melhores faixas do disco, não porque são pesadas, mas que não soam tão comerciais como soam as outras. Nessas duas músicas citadas, a banda parece que quer por seu máximo no som. Se não fosse por essas duas, a banda nem seria capaz de ser considerada Metal Alternativo. As três últimas faixas são um fim fraquíssimo e decaem o álbum, tendo de bom só o curto solo de guitarra em “Without You”, bem melódico e bonito por sinal. As outras duas faixas, “Goin’ Down” e a faixa-título, são faixas bem ruins e não é aquilo esperado para encerrar um disco. “Goin’ Down” com seus riffs Hard Rock padrão (e uma distorção terrível) e a faixa-título com sua inacreditável capacidade criativa para criar algo que fugisse do conhecido encerramento Hard Rock: balada! Essa última balada é inesquecível no mundo invertido. Pobre, comum e de mal gosto, dando um fim a algo que nem deveria ser escutado até o fim.

Em resumo, Life Starts Now é uma tremenda porcaria, feita apenas para ser comercial (tirando alguns bons momentos), em outras palavras, para que o público que gosta de músicas compostas por Creed, Alter Bridge e o próprio Nickelback, seja vendida com facilidade. Não digo que todas as bandas são ruins, mas todas essas citadas, TODAS, fazem música para ser comercial. Todas as bandas tem bons músicos que não fazem algo diferente, ou melhor dizendo, algo ofensivo, que as pessoas se preocupem com aquilo que ouvem, que chamem a atenção da mídia, pois isso é uma qualidade que o Rock perdeu. Você por o peso na música, guitarras distorcidas, mas com letras como dessas bandas citadas, você nunca será ofensivo, será aquele animalzinho de estimação que só come e caga, como o peixinho de aquário ou o passarinho fofinho que fica voando em uma gaiola. Em outras palavras, Three Days Grace, Alter Bridge, Nickelback e Creed fazem parte do gênero vulgarmente conhecido como “Rock Bunda-Mole”. Disco totalmente recomendado para fãs de “Rock Bunda-Mole”.

24 pensamentos sobre “Three Days Grace – Life Starts Now (2009)

      • mas dessas ai que ele falou cara alter bridge tem letras legais,mesmo tendo estilo mais comercial,entendeu cara,belo review mais uma vez vcs fizeram e ri muito em certas tiradas,parabens pelo blog dudes

      • Assim como tem letras como tem letras bem melosas como “Shed My Skin” e “Open Your Eyes”. É uma banda comercial que pode ter letras boas, mas que tem letras ruins também. É o que posso dizer.

    • Alter Bridge é uma boa banda, e eu até gosto da banda. Assim como as outras citadas, elas são boas e tem uma ou outra música que eu gosto. Mas todas são bandas “Rock Bunda-Mole”. Não leve como uma ofensa, mas elas são muito conformadas com o que fazem.

      • As letras do Alter Bridge são mais pra esse lado no primeiro álbum, One Day Remains, que é mais puxado pro lado alternativo. Blackbird e AB III já são mais pro lado Hard Rock, mas as letras não tem muita diferença. Apesar de tudo, é minha banda favorita.

  1. DSAHUDSAHUHUDADSAHUDSAHUDSAHUSAHUSAHUDSAUHDSAHUDSAHUDSADSA
    Eu ri, de verdade, a resenha foi ótima e bem humorada, sem perder o senso de crítica postiva,gostei bastante *-*

    Parabens ao Senna e ao Three Days Grace, que me fez rir de verdade(MESMO) deles pela segunda vez.

    • Nunca esquecerei da faixa “Pain” deles! 😛

      E olha que eu nem tentei fazer coisas engraçadas. Foi tudo natural!

  2. O legal do blog é que não tem babação de ovo, são opiniões próprias. Como já disse pro Senna, tá muito foda o trabalho aqui! 😀

  3. agora tu quer o que? que toda banda pra tocar um ‘rock de verdade’ tenha que falar palavrões, invocar o capeta e tudo mais? quer palavrão vai escutar rap, sua mãe não será perdoada.

    • Rap é outra coisa que ultimamente é inofensiva. Vamos ouvir um Rap de 50 Cent, onde ele fala que é rico e come todas as putas…

      Rock, assim como o Rap, perdeu uma característica importante, que fazia dele o motivo para rebeldia de pais e mães, motivo que fazia eles não deixassem seus filhinhos ouvirem tal som. Agora, esses dois gêneros são comerciais!

      E para ser ofensivo, não precisa de um palavrão sequer.

  4. Magoei depois de ler tudo isso. 😦 haha’

    Agora falando sério, como eu já havia dito, o álbum em si não é bom, aliás, é bem fraco… MAS, tem algumas músicas que se salvam, e eu até curto muito, principalmente Bitter Taste, que é a minha favorita do Life Starts Now. Mesmo assim, tem cada COISA de música nesse álbum que decepciona legal, e tenho que concordar com a nota final.

    Gostei do artigo Senna, agora vou esperar algo em relação ao primeiro álbum deles, que tem a minha favorita do Three Days Grace. 😀

  5. Pingback: Black Veil Brides – We Stitch These Wounds (2010) « Images & Words

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