Foster The People – Torches (2011)

Origem: Estados Unidos
Gêneros: Indie Pop, Eletrônica, Indie Rock, Pop Rock
Gravadora: Columbia Records

A banda Foster The People lançou em 23 de Março seu disco de estreia. Torches foi um excelente começo para a banda composta pelo trio Mark Foster (teclados, guitarras e vocais), Mark Pontius (bateria) e Cubbie Fink (baixo e vocal de apoio). Não é a toa que a banda recebeu uma indicação ao Grammy para Melhor Álbum de Música Alternativa. E o que posso dizer é que este disco é um bom começo para quem quer ouvir música com algo eletrônico envolvido. Todas as faixas são boas, cativantes, de fácil assimilação e são divertidas (e até dançantes), e quase todas poderiam estar em uma soundtrack do jogo FIFA. E o som desses caras soa totalmente natural, isso inclui na voz do vocalista. Não tem aquele forçamento de barra para fazer algo que seja aceito por um grupo seleto de pessoas. Outra coisa que posso falar é que não tem motivos para pegar uma faixa separada e falar dela, pois todas as faixas são boas, sejam como um álbum completo ou separadas (por isso esta resenha pequena). Mas, sinto que faltou algo, uma faixa que costumam de chamar de “clássica”. A mais próxima disso é a última faixa, “Warrant”, que também é a mais longa do disco. Mas isso não diminui a qualidade do disco, que é muito bom.

Valora – I Waited For You (2012)

Origem: Estados Unidos
Gênero: Pop Rock
Gravadora: Hollywood Records

O Valora é uma banda nova, com seus integrantes tudo na faixa de 20 anos, liderado pela até já famosa Syd Duran. Essa fama para a Front Women do grupo veio depois de ser nomeada uma das mulheres mais sensuais do Rock. E o que posso dizer do Valora, é que eles vão ganhar muito dinheiro, se continuarem assim! O porque disso é óbvio, a banda lançará seu primeiro álbum de estúdio em 3 de abril de 2012 (o próprio I Waited For You) e mesmo sem o lançamento dele já tem uma fama razoável, aproveitando a fama de sua vocalista o grupo conseguiu assinar com a gravadora Hollywood Records, ter uma música em uma filme de Miley Cyrus (The Last Song), uma música inclusa no álbum Almost Alice, uma espécie de disco que contém canções que tenha a ver ou que inspirou Tim Burton no filme Alice no País das Maravilhas e uma participação especial de Syd Duran na música Blow Me Away, do Breaking Benjamin. E por tudo isso você já pode imaginar que o Valora vai aparecer em revistas adolescentes daqui a pouco e tocar na rádio e MTV. Talvez já dê para pensar que é mais uma banda do falado “Rock Bunda-Mole” que o Senna disse, bom, sem conclusões precipitadas, vamos ao CD!

Quando eu fui ouvir o disco, criei algumas expectativas positivas, mais de uma lista colocaram o Valora como uma das bandas que você precisa ouvir em 2011/2012. Bom, dei play no álbum e tudo começa com a faixa-título. Na primeira impressão eu gostei da voz da Syd, e a música não se passa 30 segundos, que já vem um refrão grudento, “eles abrem o álbum com uma balada, ou o disco inteiro seria mais ou menos assim” eu pensei. Apesar de ser bastante grudenta, pouco impressionante e a primeira faixa ser uma balada, não fiquei com pensamento negativo ao restante do CD, pensei que algo bom poderia vir, já que I Waited For You tinha sido lançada como single um tempo atrás, talvez quiseram colocar a faixa mais famosa em primeiro. Mas ai vem Extreme, com uma intro e pré-refrão muito estranho, não dá para não ficar espantado, uma música que o grupo e principalmente Syd Duran quis fazer algo “sexy”, foi totalmente falho. E sem falar da letra, algo confuso e sem noção, a segunda faixa acaba com as expectativas de qualquer um, horrível.

Quando Live começa, você já pode começar a achar a voz de Syd meio enjoativa, e com razão. Criatividade quase nula na voz da mulher que lidera a banda (ela talvez tentou fazer algo diferente em Extreme, e não deu muito certo…). Live mostra algo sem criatividade, mas talvez os fãs de Paramore gostarão, as duas bandas se parecem bastante, com um instrumental conformado com o que faz e a vocalista com um tons parecidos. Forgotten é a próxima, e é a primeira que possuí um solo de guitarra! Cada um tem seu gosto, mas é difícil discordar que uma guitarra fazendo o papel principal em 15 segundos soa melhor do que passagens aonde o instrumental não tem destaque, apenas falas quase não audíveis, um prólogo para um refrão grudento e enjoativo. You make it OK é a quinta faixa, e cada faixa que se passa a voz de Syd parece que tormenta seus tímpanos mais e mais, sempre com um instrumental fraco, a vocalista tem que fazer diferença, o que não acontece (pelo menos não positivamente), o que faz o som soar muito chato, irritante e enjoado.

I Like What You’re Doing é uma canção dançante, ouça ela separadamente, com certeza a impressão sobre ela será melhor. Better When You Don’t Know Better começa com um riff, diferente daquelas intros estranhas das anteriores, e essa não soa tão enjoativo, um pouco melhor de suas antecessoras. A oitava faixa, Irreversible, mostra tudo o que precisamos saber sobre a banda: um grupo sem vontade de fazer algo diferente ou que mereça a nossa atenção, mas que vão conseguir muito dinheiro! Life Hungover segue a mesma linha de todas, Syd não sendo versátil e com um refrão grudento. Se você curte bandas como Paramore e 30 Seconds To Mars tem uma chance de gostar do CD e do grupo, já que os refrões lembra as duas bandas.

No Matter What é a penúltima, e também é a música que está no filme de Miley Cyrus, ouvindo ela você percebe que o Valora possuí outro defeito grave: soar algo genérico. Summer Stay fecha o disco, e se você chegou nela, meus parabéns, você é alguem corajoso! Gritos irritantes faz a intro da música e ao passar da música os gritinhos voltam. Outro refrão grudento (claro, um refrão grudento pode ser considerado algo bom, mas ao ouvir o Valora você descobrirá o ponto negativo dele), mas nem tanto, ser for comparado com os outros, Syd mostra que seu agudo é poderoso, se ela trabalhar mais em sua voz e conseguir ser mais versátil, poderá dá em uma boa cantora. E o álbum acaba, para todos comemorarem.

I Waited For You é uma porcaria feita para agradar a mídia e seu público pouco crítico, que já pode ver o Valora como uma nova grande banda do ridículo cenário Pop Rock. Que Syd Duran amadureça na vida, e que isso faça ela compor algo mais profundo e que faça mexer realmente com seus ouvintes, por enquanto, o máximo que ela vai conseguir é os fazer vomitar.