Shinedown – Us And Them (2005)

Images & Words review

Origem: Estados Unidos
Gêneros: Metal Alternativo, Southern Rock, Hard Rock, Pós-Grunge
Gravadora: Atlantic

Em seu segundo disco de estúdio, Us And Them, Shinedown se mostra uma banda que faz um som bem variado, não soa repetitivo, mas ao mesmo tempo não soa surpreendente, imprevisível, ou como queria bem dizer, e, principalmente, inovador. A banda era composta por Brent Smith (vocais), Jasin Todd (guitarra), Barry Kerch (bateria e percussão) e Brad Stewart (baixo), até a saída do guitarrista e do baixista, e em Us And Them foram lançados três singles, sendo dois usados pela WWE em seus PPVs. É um disco com momentos interessantes e outros nada empolgantes. Vamos conferir o que temos aqui.

O álbum começa com uma faixa introdutória, que honestamente, não faz sentido algum para mim. “The Dream” é basicamente uma garota estranha e até pode se dizer assustadora dizendo algumas frases que para mim não fazem sentido algum. Se Us And Them fosse um disco conceitual, dava para aceitar e entender o que eles queriam passar nas 13 faixas: um disco do Rob Zombie. Enfim… Sua sucessora é “Heroes”, e percebemos uma forte banda na guitarra e nos vocais e boa na bateria e baixo. Você consegue ouvir tudo claramente e é notável que a faixa inicia bem o disco, nem era necessário “The Dream”. “Save Me” não é uma canção da mais atrativas em seu começo, mas seu refrão de certa forma anima as coisas.

“I Dare You” começa irritante e se torna uma canção bem esquecível e chata. Os vocais dão uma melhorada principalmente no refrão, mas ainda não consigo dizer que é uma boa faixa. “Yer Majesty” tem aquele peso e bons riffs de guitarra, além de uma voz agressiva de Brent, que no fim, gera uma canção bem legal até. “Beyond The Sun” é aquela balada que inicia acústica até a banda aparecer por completo (bem no estilo Hard Rock), que é bonitinha e aqui Brent faz um trabalho bacana, além da banda fazer um trabalho competente, mas nada surreal e especial. “Trade Yourself In” inicia de uma maneira bem empolgante e diferenciada. Os riffs acabam me lembrando de uma versão mais pesada do Red Hot Chili Peppers.

Agora vem um dos meus grandes problemas com esse disco. “Lady So Divine” ultrapassa a marca de 7 minutos e com um começo fraco, a música evolui em algo interessante, porém nada bem feito, ainda mais após a segunda repetição do refrão (que é bom). A música poderia ser diminuída de 7 minutos para apenas 4 minutos e seria muito melhor o resultado. E olha que quem está falando gosta de músicas com uma duração prolongada, porém bem feita, ou pelo menos com bom senso e boas ideias (pode soar contraditório para alguns, já que eu gosto de Dream Theater e tem muitos momentos assim, mas ao menos alguns deles são interessantes… eu acho). Claro, tem coisas bacanas sim, como o solo de guitarra e atmosfera na seção instrumental, que são bem bonitas. Mas a construção da música, e principalmente, a introdução dela (após os primeiros acordes me refiro), me fizeram achar que aquilo merecia algo melhor e até maior.

As outras faixas não apresentam nada de novo ao conteúdo do álbum. Por exemplo, “Shed Some Light” é outra balada que inicia acusticamente, desenvolve acusticamente e termina acusticamente. Bem criativa a banda… Não que eu tenha algo contra isso, mas ela é desnecessária, já que temos “Beyond The Sun”, que é melhor. E antes de encerrar o álbum em uma terceira balada, temos três faixas “porradas”. “Begin Again”, “Atmosphere” e “Fake”. É incrível como as três não acrescentam nada ao disco a não ser espaço preenchido. E “Some Day” termina o álbum, e como já disse, é outra balada, e é outra desinteressante. Não encerra o trabalho dignamente e fica deixando um certo vazio no ouvinte, pois passa uma incerteza de que aquilo que ele ouviu era tudo que a banda tem a oferecer ou simplesmente tem uma certa tendência a canções comerciais.

Us And Them é um bom disco, se assim posso afirmar. Tem momentos bem interessantes, porém outros que poderiam ser esquecidos e nem pensados em serem adicionados no álbum, como todas as faixas após “Lady So Divine”, que encerraria bem o disco. Mas não dá para negar que a banda em si é boa, principalmente o guitarrista . Se você é guitarrista e quer pegar uma influência diferenciada, desde Southern Rock ao Hard Rock ao Metal, esse disco tem algo a oferecer (caso queira ir além do senhor Zakk Wylde). É um trabalho consistente, mas nada original e grandioso. Recomendado se você quer ouvir uma banda banda diferente ao ponto de indicar aos seus amigos que tem certo gosto pelo Rock e Metal, mas não sabem se aprofundar no gênero. Em outras palavras, Shinedown é mais um ponto de começo do que um ponto final em uma “carreira sonora de uma pessoa”, ao menos neste álbum.

1 – The Dream

2 – Heroes

3 – Save Me

4 – I Dare You

5 – Yer Majesty

6 – Beyond The Sun

7 – Trade Yourself In

8 – Lady So Divine

9 – Shed Some Light

10 – Begin Again

11 – Atmosphere

12 – Fake

13 – Some Day

2 pensamentos sobre “Shinedown – Us And Them (2005)

  1. Eu acho The Dream estranha, mas é diferente e legal, segundo o que eu li, é uma criança falando sobre sua vida, já Heroes é uma muito boa, como Save Me e eu acho I Dare You também nesse nível, aí começam as baladinhas do disco que vão até Shed Sime Light e todas eu gosto (Principalmente Beyond The Sun que eu sempre tive a impressão que é uma música enorme, mas é minuscula O.o)

    Enfim, boa resenha e finalmente indiquei um disco que bateu o do Fresno \o/ e sim, tenho preconceito com eles e nunca vou ouvir, são emos e fim humpf

    • Na verdade, Fresno é ***1/2, ou seja, está acima do Shinedown. E sinceramente, recomendo conferir, justamente por não soar emo o trabalho (e original para uma banda brasileira). Até aumentaria a nota caso a resenha fosse publicada agora.

      The Dream, por mais poética que soe, ainda assim foi colocada no disco errado.

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